Um dia na Ilha do Trovão

Ilha do Trovão
por Crithto em February 19th às 8:15pm

Lá, no horizonte, a noroeste, está vendo? Relâmpagos cortando as nuvens negras, enchendo o ar com tanta eletricidade que você quase sente a pele estalar. Um mal-estar paira, mas há algo mais...

Ato I: A premissa

Vou contar uma história. Nela, o Patch 5.2: O Rei Trovão está no ar e já avançamos uma semana no novo conteúdo. É uma tarde comum de sábado, e, ao ligar meu computador, sinto-me relaxado, pensando nas muitas coisas que espero fazer no jogo.

Ato II: Aventura não é uma palavra de quatro letras

Já estou me coçando de tanta vontade de correr para a Ilha do Trovão, mas sei que tenho tempo para gastar com algumas missões e outras tarefas rotineiras. Como adoro dar uma de fazendeiro, quero dar uma olhada em algumas plantações antes.

O Vale dos Quatro Ventos sempre foi um lugar muito harmonioso. Minha amizade com os Lavradores do Vale foi criada rapidamente já na primeira vez que viajei pela área, e, com algum trabalho, logo me tornei Exaltado por eles. Exaltado pelos Lavradores e com as quatro áreas de plantação desbloqueadas, eu já podia comprar a fazenda, e é com muita felicidade que chamo esse lugar de lar (sem falar que já configurei minha Pedra de Regresso para cá!).

Certo, vamos começar do início: chegou a época da colheita! As sementes que plantei ontem estão prontas para ser colhidas, e quero plantar mais hoje antes de sair. Com o novo patch, é possível receber pedidos de várias facções, o que permite ganhar reputação plantando! Começo arando o campo e, com muito prazer, cada vez que passo o arado, vejo Vermingues Agachantes sendo chutados para fora do Solo Ocupado, atordoados e feridos. É isso aí! Nesse momento percebo que estou fazendo uma dancinha ridícula e me forço a parar, envergonhado. Claro, Luna me encara desconfiada, e o Peludo funga e resmunga enquanto come.

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Depois de plantar rapidamente o que sobrou das sementes e me livrar dos obstáculos que atrapalham o crescimento das plantas, subo na minha Pipa Pandarênica de Jade e parto para a Guarnição Shado-Pan. O portal para a nova ilha fica perto da guarnição, e, como quero um tigre Shado-Pan só pra mim, é hora de nos vingarmos pelos Vigias da Muralha! Com Tenwu da Fumaça Vermelha ao meu lado e usando a minha furtividade, deslizo despercebido por entre os Sra'thik, deixando para trás um rastro de corpos sem vida.

Enquanto rumo para o portal, alguns membros da minha guilda começam a conversar sobre o raide agendado para amanhã no Coração do Medo. Mesmo já tendo sentido o gostinho do Reino do Trovão no modo Normal, todos jogamos casualmente e ainda precisamos melhorar o equipamento antes de tentar ir atrás dos novos chefes. Algumas pessoas trocam ideias sobre táticas com um dos líderes de raide. Eu faço a minha parte: bato com força, evito ficar em cima de coisas ruins e, caso o pior aconteça, mando ver numa ressurreição de batalha. Mas o planejamento cuidadoso dos companheiros me faz pensar: "Amanhã, Un'sok... Amanhã você conhecerá seu fim". (Você vai ter que imaginar minha cara de GRRR e meu punho erguido para que isso tenha o efeito dramático correto).

Ato III: Aquela lição sobre estar preparado

Depois de alguns instantes de silêncio, enquanto finalizo o resto das minhas tarefas do dia para os Shado-Pan, um grupo começa a se formar para tomar a Ilha do Trovão à força. É impossível ignorar os berros assustadores dos mogus, dos Zandalari e do horrendo Rei Trovão. Mais importante: a progressão na área de missões diárias precisa da nossa ajuda, pois nosso reino trabalha junto para conquistar a fortaleza de Lei Shen. Então, compelidos pelo patriotismo, todos nós avançamos. Na praia, somos recebidos por uma hoste de líderes do Kirin Tor e da Investida Fendessol, cada um dando instruções sobre materiais de que precisam e criaturas que devem ser dizimadas. Se vamos abrir caminho à força até o Trono do Trovão, é aqui que começamos! Falamos com Lor'themar e ele nos dá a opção de ajudar em missões JxA ou JxJ naquele dia — depois de completar todas, receberemos um baú cheio de coisas úteis. Hoje escolhemos JxA, mas muitos por ali claramente escolheram o JxJ, com os nomes marcados em amarelo mostrando suas intenções.

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Nós nos conhecemos bem o bastante para isso ser relativamente fácil. Andamos juntos, como uma alcateia de leões, encarando todos os obstáculos e deixando um rastro de destruição. Alguns de nós recebem itens verdes nos saques. Se fossem de outras cores, seriam desfeitos ou leiloados, mas esses têm um significado especial: alguns dos itens verdes que os monstros desta ilha dão como saque usam a aparência dos itens do velho raide de Zul'Aman, perfeitos para transmogrificação. Nós completamos uma tarefa, depois outra, então fazemos uma pausa. Logo à nossa frente está a Caverna Saurok, mas algo não parece certo. Enfrentamos adversários terríveis no passado, mas, por alguma razão, esta ilha nos causa arrepios que nunca sentimos. Avançamos firmes e determinados, continuando nosso ataque.

Encrenca! Enquanto cuidávamos de um exército de monstros, uma criatura rara apareceu e causou alguns problemas para nossa equipe. Ainda bem que encontramos outro grupo de aventureiros e eles nos ajudaram a vencer a fera. Ufa! Limpamos o suor de nossas testas, felizes por finalmente completar todas as missões. Hora de relaxar um pouco e recuperar o fôlego. Nosso tanque Druida quebra o silêncio relaxante quando encontra alguns itens misteriosos no inventário. Eles são chamados Pedras Rituais de Shan'ze e aparentemente servem para evocar uma criatura rara e poderosa. Nesse instante, imagino todos com a mesma expressão — com os olhos apertados, cheios de determinação, olhamos em volta e concordamos em uníssono. Vamos nessa!

Numa pequena clareira metida num canto da ilha, percebemos que podemos começar o ritual de evocação. Com a oportunidade de obter montarias, itens e insígnias que concedem reputação, o bate-papo do nosso grupo se enche de expectativa. De repente, aparentemente do éter, surge um bruto cruel chamado Kor'dok. Antes de termos tempo de analisar nosso oponente, a luta já começou. Depois de uma batalha épica, vencemos. Alguns de nós enchem as bolsas com gemas e materiais de encantamento, enquanto o tanque consegue o inimaginável e ganha uma montaria, um dinossauro de três chifres feito do cristal mais escuro. Assim que ele posta um link para o prêmio, o bate-papo da guilda vai ao delírio.

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No caminho de volta para a armada, percebo uma estranha chave no meu inventário. Examinando com mais atenção, descubro que ela pertence aos Shado-Pan. O resto do meu grupo continua as aventuras da noite sem mim, e, depois de uma rápida conversa com um dos líderes Shado-Pan, sou mandado para um local secreto. É um cenário para um jogador e está repleto de tesouros! Adornada e gloriosa, a sala é um espetáculo para os olhos. À minha volta, pilhas de baús abarrotados de ouro e antiguidades raras e poderosas. Mas tenho pouco tempo para pegar o máximo que conseguir, e as armadilhas que protegem os baús foram feitas para me retardar. Consigo sair vivo, com os braços cheios de itens e riquezas.

Na pilha de continuar minha noite, entro na fila da primeira parte do Localizador de Raides do Trono do Trovão: Resistência Final dos Zandalari. Os novos encontros testam a coragem do grupo, e a experiência é demais para alguns. Enquanto lutamos, reunimos novos aventureiros valentes e avançamos até não restar mais nenhum inimigo de pé. No fim, estou um berloque de nível 502 mais rico e me pego fazendo aquela dancinha constrangedora de novo.

Bem, não vou conseguir fazer jus a tudo o que aconteceu; por isso, me despeço com as seguintes palavras:

O vento da ilha carrega sussurros sobre um réptil terrível, um espírito celestial que guarda um portal, e sobre uma lenda que recairá sobre as mentes de heróis triunfantes. Mesmo com tantos rumores intrigantes, o que acabo de contar foi só um dia em Pandária — um dia que mal arranha a superfície do que está por vir. Meu coração palpita só de pensar nas aventuras que ainda me esperam, em toda a exploração que me aguarda quando o Patch 5.2 sair. Por enquanto, essa história é uma ficção, mas logo será realidade e os mistérios da Ilha do Trovão serão revelados!

Chad "Crithto" Wingerd é Gerente de Comunidade de World of Warcraft e não é um pug na vida real.